sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dói e é incômodo...



Compreendo tudo muito mais.
Dói e é incômodo.
Vontade de não saber perdoar, de não ser compreensivo, tolerante — de não me contentar com o pouco — “amor malfeito, depressa, fazer a barba e partir”.
O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo.
Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança.
Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força.
Mas a sensação de estar sozinho não me larga.
Algumas paranóias, mas nada de grave. o que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada.





Caio Fernando. Abreu

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