quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caminhos da Vida.


Ele caminha e ignora não perceber o que ainda o corrói por dentro, e caminha uma longa e dura estrada na ânsia de esquecer o inesquecível, e a cada passo força os pés no chão para aumentar as dores físicas e assim substituí-las pelas emocionais que ainda destrói lentamente seu vulnerável coração.
Durante a caminhada quem passar por perto, consegue ouvir sussurros, lamentos e às vezes ouve-se um cântico solitário indecifrável, tudo isso na ânsia de evitar qualquer tipo de pensamento, que são sempre os mesmos.
Nessa caminhada sente-se muita sede, mas não é de água, a fome sentida durante o percurso é incalculável, mas também não é de comida, nada é concreto nessa caminhada é tudo muito confuso e subjetivo.
Ele sabe que já se passaram horas e horas, mas nada conseguira fazê-lo parar, o vento se torna aliado, a estrada sua grande companheira, e a cada passo não há nenhuma expressão facial tudo se resume em passos fortes que se ouve ao longe, passos seguros e sem destino na ânsia de encontrar respostas que não existem. E quem passa ao lado nem ousa contestá-lo, e a olhares compassivos em sua direção ou perguntas sobre o porque de uma caminhada tão longa, Ele com seus olhos tristes e vazios fixam em direção ao desavisado que o questionava, que constrangido logo emudece e sai apoiando e entendo cada passos e lagrimas daquele homem ferido que a cada curva, tenta deixar suas tristezas pelas estradas da vida.





Samuel Ferreira

Um comentário:

  1. Muito bom, meu caro amigo, Samuel! Esses "Caminhos da Vida" estão muito áridos, difíceis... Que dureza caminhar por eles! Mas, às vezes é preciso. Beijos!

    @soniasalim

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