Ele caminha e ignora não perceber o que ainda o corrói por dentro, e caminha uma longa e dura estrada na ânsia de esquecer o inesquecível, e a cada passo força os pés no chão para aumentar as dores físicas e assim substituí-las pelas emocionais que ainda destrói lentamente seu vulnerável coração.
Durante a caminhada quem passar por perto, consegue ouvir sussurros, lamentos e às vezes ouve-se um cântico solitário indecifrável, tudo isso na ânsia de evitar qualquer tipo de pensamento, que são sempre os mesmos.
Nessa caminhada sente-se muita sede, mas não é de água, a fome sentida durante o percurso é incalculável, mas também não é de comida, nada é concreto nessa caminhada é tudo muito confuso e subjetivo.
Ele sabe que já se passaram horas e horas, mas nada conseguira fazê-lo parar, o vento se torna aliado, a estrada sua grande companheira, e a cada passo não há nenhuma expressão facial tudo se resume em passos fortes que se ouve ao longe, passos seguros e sem destino na ânsia de encontrar respostas que não existem. E quem passa ao lado nem ousa contestá-lo, e a olhares compassivos em sua direção ou perguntas sobre o porque de uma caminhada tão longa, Ele com seus olhos tristes e vazios fixam em direção ao desavisado que o questionava, que constrangido logo emudece e sai apoiando e entendo cada passos e lagrimas daquele homem ferido que a cada curva, tenta deixar suas tristezas pelas estradas da vida.
Samuel Ferreira
Muito bom, meu caro amigo, Samuel! Esses "Caminhos da Vida" estão muito áridos, difíceis... Que dureza caminhar por eles! Mas, às vezes é preciso. Beijos!
ResponderExcluir@soniasalim